Como ia dizendo (e sinto que devo continuar a dizer), talvez para alguns, a apresentação de propostas seria uma vaidade imperdoável para uma instituição como a nossa, de carácter religioso, cristão. Seguindo o mesmo espírito, não se discorda frontalmente porque parece mal e pouco “evangélico”. Prefere-se, pelo contrário, as conversas de bastidores que só radicalizam posições.
Como consequência, o mais natural é que o homem que aceitar liderar um grupo destes, terá pela frente a oposição frontal que só nesta fase entra em acção. Os sorrisos tornam-se amargos de boca, e as palmadinhas nas costas, facadas.
Ainda esta semana líamos um relato de São Paulo em que ele abertamente dizia que se tinha debatido contra Pedro, o líder da Igreja, por causa das suas atitudes pouco coerentes. E a história da Igreja está cheia de exemplos de homens bons e santos que, em vez de ficarem a contemplar o céu, denunciaram as incoerências, inclusive da Igreja institucional, em nome de Jesus.
Não seria mais coerente, lógico que nós soubéssemos de antemão em quê que vamos votar? O que é que os candidatos a visitadores pensam sobre a casa X?, como pensam resolver o problema Y?, etc, etc... será estamos presos pelo medo? Porquê?
Meu caro SVP, “gracias” pelo teu comentário. Nota-se que ainda és jovem e (ainda) estás fora deste mundo. Mas logo verás (assim Deus queira) que não bastam boas intenções: «há que... há que...». Precisamos, de facto, de uma politica, no seu sentido autêntico, (não politiquice), isto é, arte de saber governar e capacidade de gerir os meios em vista a realização de determinados objectivos. Talvez também nos faça falta aquela esperteza do filhos das trevas de que nos fala o Evangelho.
Crê-me que acredito que podemos e devemos fazer melhor.
David
2004-10-09
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