2006-04-23

A riqueza dos pobres



"No tengo oro ni plata, mas lo que tengo te doy, en Nombre de Jesus, El Cristo, te ordeno que andes"

La frase es de Pedro y los primeros testigos del Resucitado en la Puerta Formosa de Jerusalén para un cojo de nacimiento, un minusválido, un limitado.
La noche de Pascua la hemos celebrado en las tres paroquias que animamos el equipo vicentino (tres sacerdotes y tres laicos) con la presencia de un equipo de médicos de Barcelona; estos quedaron boquiabiertos con la explosión de alegria de este pueblo que no tiene oro, ni plata pero lo que tiene lo comparte en nombre de Jesucristo.
Los médicos nos recordaban y nos hacian ver el drama de la tristeza en el Occidente: los índices de suicidio y la soledad conectada por un hilo de internet... mucho oro, mucha plata... Pero nada de lo Eterno que aquí tocamos en las sonrisas, las danzas, los abrazos, los cantos... sin oro y sin plata.
Te quiero compartir y pido que tu lo compartas: el Fuego del Resucitado con el mundo que cree tener todo por el simple hecho de tener oro y plata.

Felices Pascuuas de Resurrección!

Sérgio

2006-04-17

A caminho de Santiago de Compostela


Quatro palavras para o caminho:
(Com base no livro de : GARCÍA-MOGE, J. ; TORRES PRIETO, J. A., Camino de Santiago..., 1999)


1. ADEUS: Peregrinar até ao íntimo de ti mesmo, supõe dizer adeus a certas experiência vividas que ainda condicionam os teus passos e te impendem de caminhar livremente. Para avançar, é preciso saibas despedir-te de etapas anteriores da vida que continuas a carregar inutilmente. Peregrinar dentro de ti mesmo significa deixar morrer imagens e pensamentos que te escravizam. Só assim poderás nascer de novo... Diz ADEUS

2. OLÁ: Viajar significa dizer olá a tudo o que encontras, sejam elas coisas boas ou más. Dizer olá é abrir-se à nova realidade e predispor-se a contemplar novos horizontes. Às vezes também é preciso ter coragem para dizer olá, pois é mais fácil fechar os olhos, tapar os ouvidos ou desviar os passos para não se confrontar com alguma parte do caminho menos agradável. Não tenhas medo, Ele caminha contigo. Diz, serenamente, Olá...

3. SIM: Dizer sim significa reconhecer-se nas opções. Significa vincular-se, comprometer-se, aceitar os desafios, identificar-se. A viagem que empreendeste exige que esse SIM seja pronunciado com convicção, como quem está determinado a prosseguir o caminho. Dizer sim, significa também comprometeres-te com o que és e responsabilizar-te pelo rumo que decidiste dar à tua viagem. Significa ser fiel a ti mesmo. Diz sim...

4. NÃO. Esta palavra foi posta por Deus no teu vocabulário existencial para que possas estabelecer fronteiras, para que conheças os teus limites e te afastes daquilo que te aliena e invade. Dizer não protege-te dos falsos caminhos, da tentação de abandonar a rota traçada e instalar-se em “albergues” da tua personalidade que não são fiéis ao Verdadeiro Caminho. Dizer não é ser adulto... Diz não...

2006-04-09

A paixão do(s) Inocente(s)




Na época anterior à paixão, os evangelistas apresentam Jesus como o protagonista e o motor de todos os acontecimentos. É por Sua iniciativa que os discípulos percorrem as aldeias e é por Sua causa que uma multidão vive numa atitude de procura, deixando para trás as tarefas de um quotidiano banal. Todos querem estar onde Ele está, para ouvirem a Sua mensagem e beneficiar da Sua acção. Uma e outra vez, vemo-lO a anunciar a Boa Nova, a curar os doentes, a socorrer os pobres, a perdoar os pecados, a ressuscitar dos mortos....
De repente, como que ao som de um estalar de dedos, a narrativa assume tons dramáticos. Vimos um Jesus descrito como um ser fraco, condenado à morte, a padecer de angústia. E já não é Ele que comanda a acção. Apesar de continuar a ser o centro da narrativa, permanece “passivo” e silencioso perante o mal que se impõe. Travestido de muitos nomes, é esse mal que tortura, que escarnece, que despreza, que humilha, que esmaga até à morte o silencioso Homem/Deus. Ele permanece quase todo o trágico percurso em silêncio até que, por fim, entre gemidos, se ouve a sua voz, não para condenar, mas para dizer que «tudo estava consumado!».
Em graus e épocas diferentes, esta história repete-se com alguma frequência. Irmãos anónimos, continuam a ser esmagados pela força opressora do mal.
E em cada tragédia nós desempenhamos um papel: seremos vítimas inocentes? ou uma das tantas personagens que contribuem para que essa tragédia se repita com tanta frequência?


David