2006-11-12

Paixão segundo João


Ontem, dia de S. Martinho pela noite, sensivelmente metade dos alunos do 5º ano do curso de Teologia foram avistados no chamado “Convento das Mónicas” e imediações. Isto não é nada normal. Será que foram a um magusto ou coisa parecida!? Bom, eu estive lá e posso assegurar que não foi essa a razão!...
Na verdade, fomos convidados pelo Padre e Professor Tolentino Mendonça para assistirmos a duas peças de teatro, em exibição no já referido “Convento das Mónicas”. Metade da assembleia era composta por teólogos, o que não é nada comum acontecer!
E, afinal, qual foi a razão de tal feito? O nosso interesse, nesta iniciativa, prendeu-se, sobretudo, a uma das peças que vimos: “Paixão segundo João”. Estando nós a estudar a fundo o Evangelho de S. João, achámos enriquecedor ver e estudar a forma como Tarantino, o autor da peça, nos apresenta o mesmo Evangelho. Para quem não O conhece, é difícil (senão mesmo impossível) apreender a riqueza da peça. Para quem conhece o Evangelho, revela-se entusiasmante descobrir, ao longo de toda a peça, quais as passagens e de que forma estão a ser representados os vários momentos cruciais da Paixão de S. João. É, enfim, uma peça a não perder e que aconselho vivamente.
A outra peça: “Stabat Mater” foi um bónus com o qual nos brindaram. Também neste caso, vale a pena ver.
No final destes dois momentos, tivemos ainda a oportunidade para conversar um pouco com o responsável pela organização das peças, que nos deu preciosas pistas para a compreensão das mesmas. Embora o nome o sugira, não são peças de cariz religioso. São, isso sim, obras profanas, na medida em que se apropriam de textos usados exclusivamente no espaço do sagrado e os transformam/transportam para realidades mundanas, bem presentes na nossa sociedade. Por isso não admira que ambas as peças não possam ser vistas por quaisquer pessoas: a 1ª é para maiores de 12 anos e a 2ª para maiores de 18 anos...
Em poucas palavras: a não perder!...
Ambrósio

2006-11-05

O Amor como madamento



«Amar a Deus com todas as forças e ao próximo como a si mesmo, vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios»
O que é que move a minha vida?

Uns dizem que o que faz o homem viver, o que dá sentido, é a busca de prazer. O desejo é o fundamento da acção, às vezes conflituosa, de cada ser humano. Outros dizem que é a procura do poder. Somos animais sedentos de protagonismo e a vida assemelha-se a um ringue em que o outro, o próximo, é meu rival, aquele que compete comigo pelo poder.
Não excluindo alguma verdade que existe nestas teorias, o motor da vida de cada crente deve ser o amor, «ágape», isto é, um amor oblativo próprio de quem é capaz de morrer para ser fonte de vida para o outro. As mães sabem bem o que isso é… E o amor é um mandamento, um dever, que deve ser vivido por cada um dos baptizados, pois só assim seremos verdadeiramente discípulos do Senhor.
David