2005-03-26

Festa

Era...
Era eu!...
Débil e ténue
De mãos recostadas
No conforto inconsolável
Dos perfumes mudos de dor...

Eras...
Eras Tu!...
Que descias nas cascatas
Das minhas lágrimas
Que galgavam como lanças
Em dias de combate...

Era...
Era eu!...
Fortaleza em ruínas
Sentinela do vazio
Gemido balbuciante que fervilha
“ Levaram o meu Senhor...”

Eras...
Eras Tu!...
Na neblina da minha procura
No milagre do amor
No coração festivo
Que a vida celebrou... “Mestre”.

Era... Era o silêncio efémero do sepulcro
Num hino retumbante de Vitória.

Joao Luís Silva CM

1 comentário:

Anónimo disse...

É com prazer que vejo que alguns poetas não perdem o dedo para a poesia profunda...
Um abraço...