Sempre me fez alguma impressão o lugar onde se põem as velas a arder em Fátima. Noutros tempos, quando passava por esse lugar sagrado, dedicava algum tempo a acender as velas que o vento tinha apagado. Acendia-as por uma simples razão: parecia-me que estando apagadas atraiçoavam aqueles que devotamente tinham confiando nelas uma importante missão. Incomodava o facto de elas não cumprirem a razão de ser da sua existência. Para mim, cada vela acesa era uma vida que sobrevivia, uma prece a Deus, uma esperança que frágil e lentamente se desfazia.
Penso que Deus também se deve impressionar com esses tantos crematórios que o mundo tem.
David
2004-04-07
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