2004-04-30

Ele era Augusto...

Visão sobre o filho dos céus...
«Eis que estando de jejum, no final do sétimo dia, o anjo mensageiro levou-me para um lugar elevado desde o qual poderia observar um enorme campo aberto. A terra era árida e não havia ser vivente que pudesse sobreviver naquele lugar.

Ao amanhecer de um novo dia, surgiram, como que do centro da terra, um grupo de homens, que mais não seriam do que de duas dúzias. Caminhavam cansados, de ombros caídos e parecia que andavam sem destino. Perguntei ao anjo: “para onde vão?” ao que ele me responde, “para lado nenhum”.

Ao final da tarde, notei que a vida daquele “pequeno resto” corria perigo de morte. Lentamente, como mortos, continuavam a caminhar em direcção às falésias, onde vivia o senhor das trevas, o senhor da morte. Eis que de repente, como que vindo do céu, vi a figura de um homem, forte, Augusto, que gesticulava apontado para outra direcção. A sua voz era semelhante a dum agudo apito que, por mais mortos que estivessem os seus ouvidos, não poderiam não ouvir.

Ele era Augusto... e surgiu um raio de sol e, com ele, uma vida, mais sorrisos, outra esperança».
Decorrida ainda o 1 de Abril
Daniel

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