Havia todas as razões para condenar a mulher: gozava de má fama, levava uma vida escandalosa, era uma adúltera. Na antiga lei, o castigo estava estipulado para este tipo de casos: deveria morrer apedrejada. Um castigo exemplar.
«Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra»
É tão comum e tão antiga a tradição de lançar pedras, na praça pública, àquele/a que é tido como pecador. É tão tentador pensar que os outros são os maus, os merecedores de castigos exemplares, os bodes através dos quais expiamos os nossos males. Facilmente servimo-nos dos outros para apaziguar a nossa consciência.
É como se houvesse um impulso natural em cada homem, uma compulsão para encontrar fora de nós a causa do nosso mal-estar. Daí a tendência em humilhar e eliminar esse mal de uma forma fácil e aparentemente eficaz: através do mal que vemos nos outros.
Jesus condena o pecado, mas não a pecadora. Ao mesmo tempo que promove a mulher a uma nova forma de vida, «vai e não tornes a pecar», denuncia a tendência que existe em nós, a de nos armarmos em juízes implacáveis dos outros.
Esse deve ser o exemplo a seguir. Essa é a Nova Lei, a Lei de Jesus. O desafio que Ele nos faz é claro: que vida de todos e de cada um seja expressão da misericórdia divina e não da justiça humana. E a misericórdia é um dom gratuito, incondicional. É como dar a mão a quem nunca fez nada para a merecer. São nesses pequenos gestos de compaixão e de amabilidade para com os excluídos, vividos num quotidiano banal, que faz a diferença entre os que são e os que não são seguidores de Jesus.
«Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra»
É tão comum e tão antiga a tradição de lançar pedras, na praça pública, àquele/a que é tido como pecador. É tão tentador pensar que os outros são os maus, os merecedores de castigos exemplares, os bodes através dos quais expiamos os nossos males. Facilmente servimo-nos dos outros para apaziguar a nossa consciência.
É como se houvesse um impulso natural em cada homem, uma compulsão para encontrar fora de nós a causa do nosso mal-estar. Daí a tendência em humilhar e eliminar esse mal de uma forma fácil e aparentemente eficaz: através do mal que vemos nos outros.
Jesus condena o pecado, mas não a pecadora. Ao mesmo tempo que promove a mulher a uma nova forma de vida, «vai e não tornes a pecar», denuncia a tendência que existe em nós, a de nos armarmos em juízes implacáveis dos outros.
Esse deve ser o exemplo a seguir. Essa é a Nova Lei, a Lei de Jesus. O desafio que Ele nos faz é claro: que vida de todos e de cada um seja expressão da misericórdia divina e não da justiça humana. E a misericórdia é um dom gratuito, incondicional. É como dar a mão a quem nunca fez nada para a merecer. São nesses pequenos gestos de compaixão e de amabilidade para com os excluídos, vividos num quotidiano banal, que faz a diferença entre os que são e os que não são seguidores de Jesus.
Mas só o reconhecimento sincero da nossa condição pecadora pode apaziguar a inata tentação para condenar os outros. E se pedimos constantemente a Deus que nos perdoe, porque é que nós, Igreja, não havemos ser, neste mundo, sinal da misericórdia incondicional de Deus para com aqueles que são marginalizados pelo pecado que cometeram?
O desfio é de todos conhecidos: «Sede misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso»…
David
O desfio é de todos conhecidos: «Sede misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso»…
David
1 comentário:
Este é um texto conseguido, na linha do Evangelho de S. João. Talvez fosse interessante ainda sublinhar que S.João completa o que Jesus disse "não vim para condenar o mundo, mas para o salvar"!!!! Nas nossas "missões" chamadas populares, não vamos falar de inferno, nem de juizo, nem de paraíso, mas vamos dizer que Deus é Pai, que ama, que perdoa, que não condena, que salva, que nos torna mais felizes, aqui e para sempre...
Nesta caminhada, há sinais de trânsito (os mandamentos) que não são para atrapalhar, mas para ajudar na caminhada. E o "sinal de trânsito" principal é o de amar, de perdoar, de construir a paz, a fraternidade universal.
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