2005-02-02

A Odisseia das frequências

São dias de retiro... vive-se fechados em casa, lendo textos que já foram lidos, memorizando ideias chaves, roendo unhas e tentando prever o que há-de sair nas frequências. No silêncio de cada quarto, para cada um de nós, há uma batalha que se trava e um novo mundo que se abre. Para manter a esperança, cada dia renovamos o compromisso de lutar até ao fim e juramos que tudo faremos para descobrir aquilo que nunca ninguém descobriu.

Os dias são contados. Alguns passeios foram adiados, as conversas abreviadas e as partidas de ténis de mesa limitadas porque é preciso estar no quarto. O tempo demora a passar. Na secretária, as matérias sucedem-se como os santos numa procissão. E lá virá o dia da sentença: «mais um 16? O prof. foi generoso!».

É a odisseia das frequências. Um tempo agridoce que lenta e discretamente nos transforma em Homens mais maduros. E, confesso, acho que é um tempo com piada, pois a vida de estudante sem frequências seria de um tédio insuportável, uma aventura previsível e um desafio sem obstáculos.
David

2 comentários:

Anónimo disse...

ó amigo David,
se os resultados são "míseros" 16
é para estares feliz...
E, vendo bem,
as coisas têm mais ou menos valor
em função do sofrimento
que causa a sua busca...
Afinal, que valor têm as coisas
se para as obter não temos que
trabalhar?

Bons estudos
e um abraço
de um turelense adoptado...

Anónimo disse...

Na sociedade de hoje exige-se mão de obra especializada. Mas a preparação para o sacerdócio deve ser ao mesmo tempo «especializada», e vasta, visto que ides falar para uma assembleia onde estão gentes de todas as classes e ramos. Por isso, amigos estudantes, força! Que Deus vos ajude e Nossa Senhora vos acompanhe

Sónia