2004-11-23

Sal da terra

Ouvi, meditei e aceitei…
“Já não somos mais luz do mundo, mas sim sal da terra. Esse sal que está mais escondido, que não se vê, mas que actua e dá sabor a muitas realidades.”
A força visível da Igreja está a diminuir, isto é, as “massas mobilizadas e mobilizadoras” são em menor escala e já não iluminam com a claridade que o faziam. Não discuto porquê, quais as consequências… a realidade é aquela que vivemos e é essa que temos que aceitar… Por isso, o papel que nos é pedido, mais que nunca, é o de ser sal que não se vê, mas que se sente em quem actua; ser a água que corre por baixo da erva verdejante: não se vê, mas sem ela a erva jamais sobreviveria…
O nosso “papel”, como Igreja, está a mudar e temos que responder à sociedade em que vivemos. E esta, mais que grandes movimentações (que são impossíveis para nós realizarmos) quer sentir esse trabalho silencioso, mas efectivo e afectivo que, pouco a pouco, vai dando sabor à vida, cada vez mais cega de valores, de justiça e de verdade.

Jerónimo

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