2007-04-26

Oração pelas Vocações

Oh Esperança de Israel,
Salvador nosso no tempo da aflição:
Lançai sobre nós o vosso olhar propício;
Vede e visitai esta vinha,
Inundai de águas fecundas os seus sulcos,
Multiplicai os seus rebentos, tornai-a perfeita,
Pois a vossa mão direita a plantou.
Na verdade a messe é grande, mas os operários são poucos.
Nós vos rogamos, pois, Senhor da messe, que envieis
Mais operários para a Vossa messe.
Multiplicai a família
E fazei crescer a alegria, para que sejam restaurados os muros de Jerusalém.
É vossa esta casa, Senhor nosso Deus, é vossa esta casa.
Não haja nela nenhuma pedra que a vossa mão
não tenha colocado.
Mas, àqueles que chamastes, guardai-os no vosso nome
E santificai-os na verdade.
Ámen.

2007-04-07

RESSUSCITOU!

Chorei no túmulo de Cristo.
Os olhos de lágrimas embaciados.
Os sentidos perturbados.
O momento nunca visto.
Os contornos do espírito iluminados.

Ali
O Coração do Mundo
O Centro da Terra
A chave do Universo
O sepulcro quedo e mudo
O Fim e o Princípio de tudo!

Uma voz dentro de mim ecoou:
Ressuscitou!
Surgiu de vez!
Fez-se o MILAGRE ou não fez?!
Aconteceu.
“A verdade é
que o HOMEM não morreu!”

CRISTO RESSUSCITOU!
ALELUIA!
Hinos de alegria!
Gritos de júbilo e vitória
Nas Tendas da História!

A vida agora
Um fogo intenso
Com vertigens
Como nas Origens!

O SENHOR ESTÁ VIVO
EU CREIO SENHOR!
POR ISSO EU TE SIGO,
ENCHE-ME COM TEU AMOR!


P. Agostinho


(Poema composto junto do Santo Sepulcro, em 1997)

2007-04-05

À Luz da Última Ceia.

Custa-me a crer – disse-me espontaneamente.
– Compreendo – respondi-lhe. Mas é isso mesmo: a Última Ceia prolonga-se na nossa história. Todas as vezes que um sacerdote celebra a Eucaristia, actualiza, torna presente, o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
É como se eu estivesse na Ceia, como um dos discípulos, na mesma mesa que Ele presidiu?
– Sim, na verdade só somos discípulos quando nos sentamos à mesa com Ele, comemos do Seu alimento, falamos com Ele e procuramos fazer o que Ele nos manda.
Ah!, pois, a Eucaristia e a história do Lava-pes! Lembro-me do que Ele disse: «vos sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando».
– Isto é, «se vos amardes uns aos outros como Eu vos amei». E Ele que era o Mestre, o Senhor, lavou-nos os pés. Mas mais do que isso, morreu por mim e por ti.
Acho que agora compreendo melhor. O que realmente preciso, então, é de «nascer de novo» e começar a tomar parte nas Refeições que Ele prepara para cada um de nós. Mas não sei se serei capaz de nascer de novo e de comer com Ele à mesa…
– Amigo, lembra-te que cada dia é uma oportunidade para nascer de novo. Não adies, nem desistas. Nasce e vive, definitivamente, para Deus.
(David)