Caro amigo,
Faltam poucos dias para celebrarmos o nascimento do nosso Salvador. Nesta sociedade materialista que trocou o Menino Jesus pelo Pai-Natal, a proximidade do Natal significa, em geral, ir às comprar. As ruas da cidade, as lojas comerciais enchem-se nesta época de pessoas que avidamente procuram novos produtos que possam surpreender. Preparam-se refeições, enfeitam-se as casas, dependuram-se nas janelas ou nas chaminés bonecos vestidos de vermelho.... porque é preciso fazer crer que o Pai-Natal existe mesmo.
Será isto Natal?
Nestes dias que antecedem a grande festa, proponho-te, amigo leitor, que percorras outros caminhos, que os teus dias seja diferentes daqueles que vêm no Natal apenas mais uma festa anual como outras tantas. Olha para dentro de ti, examina o teu coração e expulsa dele tudo o que te separa de Deus e dos irmãos: a arrogância, o ódio, a inveja, o ressentimento, a vaidade, etc... Prepara o teu coração para que Jesus possa nascer nele. Como Maria, a mãe de Jesus, diz SIM ao projecto de Deus. Deixa-te fecundar pelo Seu Espírito.
Se assumires esta missão, serás, onde vives, sinal da Presença de Deus. A tua vida se transformará e, através ela, também se poderão transformar as vidas dos irmãos que vivem contigo. Não tenhas medo! Onde quer que estejas – na tua família, na tua comunidade, no hospital, na cadeia, etc. – vive este tempo como tempo de Missão para acolheres Aquele que nasceu para nos salvar.
David
2005-12-18
2005-12-14
S. João da Cruz
Já que o tempo chegava
Em que fazer-se convinha
O resgate da esposa
Que num duro jugo servia
Sob aquela lei
Que Moisés lhe havia dado,
O Pai com terno amor
De esta maneira, dizia:
- já vês, Filho, que a tua esposa
Feita à tua imagem,
E no que a Ti se parece
Contigo bem convinha;
Mas difere na carne
Que em teu simples ser não havia.
Em amores-perfeitos esta lei se requeria;
Que se faça semelhante
O amante a quem queria;
Que a maior semelhança
Mais deleite continha;
A qual, sem dúvida, como tua esposa
Grandemente crescerá
Se te vir semelhante
Na carne que tinha.
Em que fazer-se convinha
O resgate da esposa
Que num duro jugo servia
Sob aquela lei
Que Moisés lhe havia dado,
O Pai com terno amor
De esta maneira, dizia:
- já vês, Filho, que a tua esposa
Feita à tua imagem,
E no que a Ti se parece
Contigo bem convinha;
Mas difere na carne
Que em teu simples ser não havia.
Em amores-perfeitos esta lei se requeria;
Que se faça semelhante
O amante a quem queria;
Que a maior semelhança
Mais deleite continha;
A qual, sem dúvida, como tua esposa
Grandemente crescerá
Se te vir semelhante
Na carne que tinha.
S. João da Cruz, poesia 7
2005-12-04
No deserto
«Uma voz clama no deserto: “preparai o caminho do Senhor...”»
A leitura deste domingo sugere-nos que o deserto é um lugar onde, confrontados com o que realmente somos, nos purificamos para receber o Senhor. O deserto não é uma fuga ao mundo, mas uma forma de estar e de viver no mundo. É o lugar do baptismo de arrependimento que João Baptista continua a oferecer.
Quando assumimos conscientemente essa etapa “purgativa”, na solidão que reclama o encontro com o Deus vivo, longe da confusão estonteante da sociedade, preparamos um caminho para a vinda Deus.
É impossível celebrar o nascimento de Deus sem a experiência prévia da passagem pelo deserto.
A leitura deste domingo sugere-nos que o deserto é um lugar onde, confrontados com o que realmente somos, nos purificamos para receber o Senhor. O deserto não é uma fuga ao mundo, mas uma forma de estar e de viver no mundo. É o lugar do baptismo de arrependimento que João Baptista continua a oferecer.
Quando assumimos conscientemente essa etapa “purgativa”, na solidão que reclama o encontro com o Deus vivo, longe da confusão estonteante da sociedade, preparamos um caminho para a vinda Deus.
É impossível celebrar o nascimento de Deus sem a experiência prévia da passagem pelo deserto.
Concede-nos, Senhor, a graça da determinação.
David
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