«Há dias estranhos, dias em que se apoderam de nós poderosos espíritos com os quais não estamos habituados de lidar. Eles são diferentes dos outros. Trabalham em nós silenciosamente até nos atarem por completo.
São dias estranhos. Dias em que esquecemos o que somos e o que fazemos ou o que devemos fazer. Dias em que se fosse possível vender-nos-íamos a qualquer preço porque já não sabemos o quanto valemos...
E as pessoas que falam connosco como se ainda existíssemos; e aqueles que nos provocam para serem provocados porque não sabem viver sem o estímulo da provocação; e os vizinhos que inocentemente nos cumprimentam como se tudo fosse como foi. Nada sabem de nós. Nada sabem dos espíritos de que estamos possuídos. Não sabem que falam para um cadáver...»
David
2004-06-03
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