2004-04-30

Ele era Augusto...

Visão sobre o filho dos céus...
«Eis que estando de jejum, no final do sétimo dia, o anjo mensageiro levou-me para um lugar elevado desde o qual poderia observar um enorme campo aberto. A terra era árida e não havia ser vivente que pudesse sobreviver naquele lugar.

Ao amanhecer de um novo dia, surgiram, como que do centro da terra, um grupo de homens, que mais não seriam do que de duas dúzias. Caminhavam cansados, de ombros caídos e parecia que andavam sem destino. Perguntei ao anjo: “para onde vão?” ao que ele me responde, “para lado nenhum”.

Ao final da tarde, notei que a vida daquele “pequeno resto” corria perigo de morte. Lentamente, como mortos, continuavam a caminhar em direcção às falésias, onde vivia o senhor das trevas, o senhor da morte. Eis que de repente, como que vindo do céu, vi a figura de um homem, forte, Augusto, que gesticulava apontado para outra direcção. A sua voz era semelhante a dum agudo apito que, por mais mortos que estivessem os seus ouvidos, não poderiam não ouvir.

Ele era Augusto... e surgiu um raio de sol e, com ele, uma vida, mais sorrisos, outra esperança».
Decorrida ainda o 1 de Abril
Daniel

2004-04-27

DICIONÁRIO SEMINA DA CASA DA LUZ

Primeiramente, alerta-se para o facto de este dicionário em forma de acróstico conter vocábulos e/ou imagens eventualmente chocantes. Devido a este facto, o mesmo é colocado para censura dos residentes e só será publicado com a aprovação do Cardeal Pita...
Aceitam-se sugestões que sejam melhorativas do trabalho árduo de recolha e estudo realizado junto da fontes...


L oucura – Cabeça do Zelito; listas telefónicas; conversa à mesa.
A legria – Sentimento que vivemos por sabermos (?) que o Pe. Alves é (?) o nosso Visitador. Sentimento particularmente vivido pelo João Luís por saber que a Paróquia de S. Tomás de Aquino está à sua espera...
R alentim – Bruno a comer; Ritmo de um morcão; Ritmo do computador.

D ouda – Vocabulário nortenho, tripeiro, obsoleto, usado por um morcão.
O besidade – Barriga do J L.
S alto – Movimento de recuo/regressão (ex: passagem de pároco de S. Tomás de Aquino para Provincial) e/ou avanço/progressão (ex: Passagem de coordenador de catequese para pároco de S. Tomás de Aquino).

E spanto – Mãaaaaaaaaeeeeee!!!!!! Meu Deus!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
S esta – Zelito, Nuno, Bruno, Director....zzzzzzz...
T elevisão – Caixa que mudou o mundo; Fenómeno da ciência da comunicação que deu origem ao termo Zelitar. Dependência, prisão.
U niversidade – Local onde se fazem muitas coisas para além de estudar, como é o caso deste dicionário; local onde se paga bem e caro.
D irector – Manda chuva (vocábulo por vezes substituída pela expressão King da Selva).
A mm – Carga de trabalhos; confusão; desorganização, etc...
N áusea – Efeito provocado pelo descalçar dos sapatos do Bruno.
T rês Ds – Congregação fundada pelo JL, simbolizada/identificada por um Galo...
E mbaraço – Barriga do JL (vocábulo de origem espanhola).
S urdez – Ouvido esquerdo do JL; vizinha do andar de cima.

V isitador – Dor de cabeça; enchaqueca.
I nofensivo – Ameaças do Bruno.
C haga – Corpo do “mártir” (blog).
E speciarias – “Não sejais como o burro e o jumento sem entendimento...”; “Nós os fortes...”; “aí vem o esposo...”
N avegar – internet (normalmente, quase apenas utilizada pelo Pedro, apesar de não saber nadar).
T elefone – Papagaio de estimação que quase só sabe dizer Pe. Agostinho (estamos a ver se arranjamos outro mais original).
I nocência – “ninguém me disse nada...”
N otícia – Quadro de Laetitia Ortiz com os mamocas de fora.
O brigatório – Motor de arranque do Joselito.
S ensacional – F.C.P.

ASS: RUAH

2004-04-21

«EL SEGUIMIENTO DE JESÚS EN SAN VICENTE DE PAÚL»

É ESTE O TÍTULO DA TESE DE LICENCIATURA DO "NOSSO" PADRE NÉLIO PEREIRA PITA (NÃO SEI SE CONHECEM...), TERMINADA (COM MUITO SUOR E LÁGRIMAS - PRESUMO!!!) EM 2003 POR OCASIÃO DO TERMINUS DA FREQUÊNDIA DA LICENCIATURA EM TEOLOGIA ESPIRITUAL NA UNIVERSIDADE PONTIFÍCIA DE COMILLAS - MADRID.

É UMA TESE MUITO BEM ELABORADA E REVELADORA DE UMA ÓPTIMA CAPACIDADE DE EXPRESSÃO E DE SÍNTESE. É, COMO TAL, UMA OBRA DE LEITURA MUITO FÁCIL E ACESSÍVEL AO COMUM DOS MORTAIS (AO CONTRÁRIO DE ALGUMAS TESES QUE POR AÍ CIRCULAM).

PARA MIM FOI ENRIQUECEDOR LER ESTA TESE.
FOI-ME PROPORCIONADO CONHECER S. VICENTE DE PAULO DE UM PONTO DE VISTA TÃO INTERESSANTE COMO PERTINENTE - AFINAL NA FORMA COMO VICENTE DESCOBRIU E EFECTUOU O SEGUIMENTO DE CRISTO VEJO PISTAS CLARAS PARA O SEGUIMENTO ME SINTO CHAMADO A TENTAR FAZER.
ALÉM DISSO É DE NOTAR QUE É UMA OBRA QUE NÃO BASTA LER UMA VEZ, PELO CONTRÁRIO FICAMOS COM A NECESSIDADE INTERIOR DE RELER UMA E OUTRA VEZ (PRINCIPALMENTE O ÚLTIMO CAPÍTULO) EM BUSCA DE ALIMENTO PARA ESTA NOSSA CAMINHADA NEM SEMPRE FÁCIL.

DA TESE RETIREI UMA PASSAGEM QUE ACHO QUE ILUSTRA BEM O QUE AFIRMO:
«VICENTE DE PAÚL ES UNO DE LOS TANTOS HOMBRES Y MUJERES QUE "DEJARON LAS REDES" PARA CAMINAR CON JESÚS EN LA HISTORIA, ASSUMIENDO SU FORMA DE SER, SU MISSIÓN Y SUS CONSECUENCIAS».

ENFIM, ACHO QUE POR ESTA TESE A NOTA OBTIDA FOR BASTANTE MERECIDA!!!
PARABÉNS PADRE NÉLIO!!!

NOTAS:
1. SOUBE QUE HÁ INTERESSE DA PARTE DE "NUESTROS HERMANOS" EM PUBLICAR ESTA TESE EM CASTELHANO.
2. SERÁ QUE A PPCM NÃO TERIA VANTAJENS EM FAZER TAL PUBLICAÇÃO EM PORTUGUÊS? NÃO O MERECE A QUALIDADE DESTE TRABALHO DUM SEU MEMBRO? NÃO SERIA UM VALOR ACRESCENTADO? NÃO SERIA O ÓBVIO? COMPREENDO ALGUMAS MOTIVAÇÕES, OU AUSÊNCIA DELAS, MAS NÃO TODAS...
3. O NOVO PROVINCIAL PODIA PENSAR NISTO...
4. MAS QUEM SOU EU PARA OUSAR ESCREVER ESTAS COISAS???


ASS: MARTYR

2004-04-16

VACANÇAS!!!!

Olá caros leitores!

Cá estamos nós, os seminaristas, numa esplanada a beber uma imperial...

...mentira!!! Está cada um de nós no seu canto a aproveitar para descançar um «pedaçito»... uns na Madeira, outros em Sendim, outros em «Vraziela», outros em Espanha, e outros em Tomar....

É bom estar de férias... pelo menos para o formador!!!... mas é muito triste para nós «seminas» ver o tempo fugir sem termos tido oportunidade de fazermos metade do que gostariamos ter feito... mas é a vida!!!

Já falta pouco para a recta final... a meta aproxima-se muito rapidamente... valerá a pena fugir??? penso que não!!!

Vamos em frente, falta pouco, vamos com força!!!

Agora é altura de o formador verter umas lágrimas... afinal, o seu descanso está quase no fim... não é??? Se aproveitou a nossa ausência, melhor para ele, se não aproveitou, aproveitásse!!! (formador sofre!)

Agora vou aproveitar os últimos fôlegos de férias!!!

Goodbye!!!
Asta la vista!!!
I'll be back!!!


Ass: MARTYR

2004-04-09

LOAS À CRUZ

Cruz, descanso da minha vida,
Sede a bem aparecida.


«Ó bandeira, em cujo amparo
O mais fraco será forte!
Ó vida da nossa morte,
Que bem a ressuscitaste!
Ao leão tu amansaste,
Pois por ti perdeu a vida.
Sede a bem aparecida.

Quem vos ama está cativo
E alheio à liberdade;
Quem a vós quer cegar
Em nada deve ter desvio.
Ó ditoso poderio
Onde o mal não tem cabida!
Sede a bem aparecida.

Vós fostes a liberdade
Do nosso grão cativeiro;
Por vós se reparou meu mal
Com tão custoso remédio,
Para com Deus foste meio
De alegria conseguida.
Sede a bem aparecida.

(Teresa de Jesus)

2004-04-08

O amor à cruz...

«Para venir a gustarlo todo,
no quieras tener gusto en nada;
para venir a poseerlo todo,
no quieras poseer algo en nada;
para venir a serlo todo,
no quieras ser algo en nada;

para venir a saberlo todo,
no quieras saber algo en nada;
para venir a lo que no gustas,
has de ir por donde no gustas;

para venir a lo que no sabes,
has de ir por donde no sabes;
para venir a lo que no posees,
has de ir por donde no posees;
para venir a lo que no eres,
has de ir por donde no eres».

(Juan de la Cruz, en la Subida del Monte, 1S, 13,10)

2004-04-07

CREMATÓRIOS...

Sempre me fez alguma impressão o lugar onde se põem as velas a arder em Fátima. Noutros tempos, quando passava por esse lugar sagrado, dedicava algum tempo a acender as velas que o vento tinha apagado. Acendia-as por uma simples razão: parecia-me que estando apagadas atraiçoavam aqueles que devotamente tinham confiando nelas uma importante missão. Incomodava o facto de elas não cumprirem a razão de ser da sua existência. Para mim, cada vela acesa era uma vida que sobrevivia, uma prece a Deus, uma esperança que frágil e lentamente se desfazia.

Penso que Deus também se deve impressionar com esses tantos crematórios que o mundo tem.

David